domingo, 4 de outubro de 2009

uma fotografia que transcende planos

Este trabalho, absolutamente surrealista, lembrou-me muito os trabalhos de Rabello Catavento, com sua inventividade ainda infantil: tudo leve, tudo fluido, tudo solto, coloridíssimo, onde tudo parece querer boiar e ao mesmo tempo, estar preso. O artista é Julian Calos e tem um traço, como podem ver - muitíssimo singular. Tenho certeza que o amigo Catavento, ficará apaixonado por este trabalho, inclusive, por ser o tema dele, uma fotografia...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A chuva da tarde nas flores lilases


A tarde de chuva. As azaléias lilases cobrem a fria tarde de um final de julho. Juro que ainda arde tanto a tarde, quando tudo tarda; que fiquei ali, esperando e vendo a chuva cair.
A chuva da tarde caindo e eu, como que pairando nas nuvens nebulosas, apenas admirando as flores lilases sob a chuva da tarde...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Para um pensamento que vai e volta como as nuvens, que pairam acima de nós



"Hoje são essas nuvens que passam, ontem fui eu que aqui emplastrado de nebulosidades fiquei"

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mais uma carta do Tarot, para mim


Caríssimo, como o post anterior, esta carta foi tirada no dia 10 deste mês, mas só agora te entrego.

... então pedi hoje mais uma carta do Tarot, para mim. Pedi uma carta que falasse de minhas atitudes atuais, da minha postura. Queria ver-me nelas.

Saiu OS AMANTES invertida.

A carta fala justamente, do perigo de se preservar a distância, talvez para proteger a própria independência. Contudo, é um auto-controle exagerado - o sintoma da irritação. Pulsante, mas atrás da montanha.

É tapa amigo pois é fato - perceber que toda uma energia de conhecimento esteja mal canalizada, evitando-se a sua implementação efetiva. Tudo até conspira, mas o elo não se fecha. É amigo é fato, pois parto para um pacto, para uma tentativa que me torne acima de mim mesmo, quiçá, quem sabe - pairando nas nuvens.

Há uma montanha a transpor, mas fechado em meu cerco é que não posso partir para o seu cume... mas tenho em ti meu cúmplice.

terça-feira, 14 de julho de 2009

As cartas do Tarot

Caro Catavento, como sei que tu não tens me lido mesmo, o biltre, envio-te só agora, cartas que tirei no Tarot, pensando em ti, pensando em nós... O que abaixo está, foi pensando no dia 9 deste mês, mas só agora te remeto

Andamos tão distantes e parece que há tanto tempo, que nem sei como o tempo passa assim e tão poucos diálogos impetramos.

Obnubilado pelo lado da Lua que tem me perturbado bastante esses dias; tirei hoje uma carta do Tarot em nossa intenção.

Saiu uma carta do naipe das copas. Carta emblemática, pois já saiu anteriormente, quando também indagava sobre as minhas parcerias, daí, em 2005 saiu uma em intenção à minha velha amiga e irmã, que tu bens conhece.

Acho esta carta belíssima não apenas pela semântica, mas também por sua ilustração, ser uma das mais simétricas do baralho a eqüidistância dos corpos à cabeça alada do leão. O bastão de Hermes que faz a ponte entre os seres na terra e nos céus.

Uma das interpretações desta carta fala da REALIZAÇÃO ENTRE DUAS PESSOAS onde a troca de amor, compreensão, disposição para comunicação e mudança (que são a base para a satisfação emocional, relações bem-sucedidas e encontros), aqui, no momento da carta, realiza-se plenamente. A carta simboliza, portanto, este "ENCONTRAMENTO".

A carta fala de compartilhar - PARTILHAR COM o outro. Trocar taças, experiências - buscar o equilíbrio das balanças, no mesmo sentido das emoções que dialogam.

A carta fala ainda, de repartir. Chamar os colegas distantes para confraternizar.

A carta pede que as mensagens sejam transmitidas, pois no remetente, já pousa o destinatário.

Amigo, cata ventos e traga-os para cá; mas me conta, faz contas comigo e intuamos o que nos diz esta carta...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

ABDUZIDO E ABASTECENDO

Campo minado de mim mesmo, quando pairando nas nuvens eu me abasteço.

Catapultado noite inteira adentro, pela tormenta que foi me colocar prostrado perante ela, que ali, de lá, lançava-me luz. Absurdamente inchada em sua forma alargada, de tão cheia, parecia querer estourar maduríssima no céu.

Nuvens têm formas de nós de quando estamos azuis de imensidões. E nas imensidões nem posso me perceber, tamanho meu tamanho se apequena. E assim, pequeno e pueril, permiti-me.

Sobre um repolhudo cogumelo verde que sob um céu felpudo se põem eu me absinto.

E assim saio, como entrei - sem nada dizer, simplesmente por ter sido abduzido.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Montanha de poeira (ou, da substância de todas as coisas que existem)

De dias em dias eu varro a minha casa. Junto num montinho toda a sujeira acumulada pelos cantos, escondida ou aparente.

Na poeira há dejetos não apenas dos particulados suspensos no ar, que vem voando do ambiente externo, para o meu espaço interior; há ainda, despojos materiais de mim mesmo - do que consumo e do que expurgo de meu próprio corpo, tudo que de mim foi organicamente rejeitado.

(Bio)síntese direta, metáfora adequada à minha condição de eu neste mundo, pois do constante consumo intelectual, religioso ou emocional - regurgita-se e se volta para fora, para além de mim. Transbordado. Reciclado. Recondicionado.

No pó eu vejo o quanto eu já fui. No pó eu vejo o que eu sou.